A história do sobrado histórico José Francisco Lippi, em Teresópolis. (Iris Tavares - Extra.globo)
Com arquitetura do século XIX, local guarda a história do imigrante
italiano que ajudou a escrever a história do vilarejo Venda Nova e detalhes do
início do local. Desde 2006, o sobrado histórico José Francisco
Lippi, localizado na zona rural de Teresópolis, está incluído no Cadastro
Nacional de Museus do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan). O imóvel de cinco mil metros quadrados, com arquitetura do século XIX,
guarda a história de um imigrante italiano e preserva detalhes do início do
vilarejo Venda Nova, há aproximadamente 200 anos. Filho de
Francisco Antônio Lippi e Carmela Signorelli, Giuseppe Franceso Lippi chegou no
Brasil em 1899 e, três anos depois, se casou com Isabel Silveira Salomão, com
quem teve três filhos: Carmela, Julieta e Francisco. Foi em Venda Nova, na
Fazenda Nossa Senhora da Conceição, propriedade da família de Isabel, que as
crianças cresceram e Giuseppe Franceso recebeu a patente de Major da Comarca de
Teresópolis. Logo depois, em 1940, ele foi naturalizado brasileiro e passou a
se chamar José Francisco Lippi.
Em Venda Nova, Giuseppe
administrou armazéns e ficou conhecido por sua personalidade determinada e
sensível às necessidades da comunidade. No fim dos anos 1930, ele doou parte do
terreno da Fazenda Nossa Senhora da Conceição para a construção da Escola Estadual
de Nhunguaçu, que, após sua morte, passou a ser o Centro Interescolar de
Agropecuária José Francisco Lippi. Quando o falecimento do imigrante
italiano completou 25 anos, José Luiz Lippi Leite, neto de José Francisco
Lippi, herdou o sobrado histórico. Ao lado da esposa, Regina Furtado Lippi
Leite, ele decidiu sair do centro de Teresópolis para morar no imóvel que havia
ganho. No entanto, o que o casal não esperava era que encontraria nos porões da
casa um acervo importante para a Região Serrana do Rio. — Em 1997, a casa
estava fechada há quase 30 anos. Eu achei dentro dos porões documentos que dão
origem ao museu. O acervo é achado dentro dos porões. A história, a
correspondência com a Confeitaria Colombo, correspondência com o primeiro
prefeito eleito de Teresópolis. Então, é isso que dá origem ao museu — explica
a proprietária do sobrado, Regina Furtado. Segundo Regina Furtado, o
sobrado se tornou museu em 2004 com a abertura para visitação ao público nos
seguintes cômodos: hall de entrada, sala de visita e quarto de hóspedes.
Depois, a sala de jantar, dois quartos-alcova —sem janela— e o hall do banheiro
também foram abertos para exposição por terem mobílias e detalhes que datam do
século XIX. Em 19 anos de exposições, o sobrado histórico José Francisco
Lippi já foi visitado por cerca de vinte mil pessoas, entre estudantes,
moradores e turistas. O museu está aberto para visitações aos sábados, domingos
e feriados, das 13:30 às 17:30. Para conhecer o local em dia de semana, é
preciso ligar para o telefone: (21) 2644-7076.
(https://extra.globo.com/rio/cidades/teresopolis/noticia/2023/11/conheca-a-historia-do-sobrado-historico-jose-francisco-lippi-em-teresopolis.ghtml)
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