terça-feira, 24 de setembro de 2019

Sociabilização da Economia Eclesiástica.

Dinheiro e Religião parecem (aos olhos de alguns), como água e óleo, não se misturam! (Principalmente se abordar a temática tributação). As pessoas que tiveram acesso ao conteúdo a ser publicado deste livro, manifestara-se 'surpresas' com o prisma pelo qual é abordado o assunto e até mudaram seus 'pontos de vista'. Ouvi recente uma frase muito interessante: 'Mais vale as vistas dos pontos, que os pontos de vista.' Esta é a intenção da publicação: revelar vistas de pontos...'Sempre ouvi falar que: 'não se julga um livro pela capa'. A capa do meu livro, escolha do editor, é de fato provocativa e eu diria: ousada. Entretanto, o conteúdo literário do livro, que aborda sim, assunto sobre 'dinheiro e religião', porém, de forma cuidadosa, séria, responsável e sem tocar no SACRO. Todo o assunto é tratado na esfera da administração tributária e traz subsídio intelectual, para o leitor formar (ou reformar) juízo a respeito.Tenho tido boas oportunidades de conversar com pessoas a respeito do conteúdo do livro. A primeira indagação parece óbvia: 'Vc é a favor de tributar as igrejas?'...Embora o questionamento seja obvio, as respostas (isso, no plural) não seguem esta simplicidade. Isso seria como' nadar no raso'. Ha uma profundidade bem maior no contexto. Primeiro deve-se compreender que o tema é sobre 'Capital Religioso' o que não necessariamente se limita a igrejas. Segundo se faz necessário compreender o que (ou quem) é igreja.'SOCIABILIZAÇÃO da economia eclesiástica.'Este é o subtema do livro. Eu diria que é o cerne deste trabalho literário, ou seja, é a razão desta produção. A Tributação ou não, seria o meio pelo qual pode-se sociabilizar o 'Capital Religioso'. Jesus dá um exemplo muito enfático disso, no texto registrado por Mateus (17: 24-47), quando é questionado sobre o pagar ou não o tributo do Templo. Ele (Jesus) providencia de forma milagrosa (o dinheiro na boca do peixe) para o pagamento e de forma não egoísta (capitalista), sociabiliza o valor pagando o tributo por ele e por Pedro (que foi interpelado pelos cobradores e também foi 'pescar' o tal dinheiro).
‘SOCIABILIZAÇÃO DA ECONOMIA ECLESIÁSTICA. Em tempo de Teologia da prosperidade’
Por um prisma macro, poderia ser dito que no Brasil não há sociabilização de quase nada. A distribuição de renda é extremamente desigual, há classes privilegiadas e outras privadas dos benefícios da riqueza ou ao menos da ‘não pobreza’.
No meio religioso se dá da mesma forma. A arrecadação é considerável. Segundo fontes governamentais, as cifras são de BILHÕES ao ano. Porém, a redistribuição desta riqueza é a exemplo da economia formal, completamente desigual. O Dinheiro acaba por não fazer o seu papel social.
Como contraponto, existem instituições que são opositoras desse modelo egoísta (e não bíblico) de concentração de riquezas típica da Teologia da prosperidade. Infelizmente só percebidas por um prisma micro. Hoje faço parte de uma instituição religiosa (Assembleia de Deus de Brazlândia), que faz parte dessa minoria exceção! Senão vejamos:  O único cargo eclesiástico remunerado é o do pastor presidente que tem dedicação integral e exclusiva, os demais são voluntários. Na parte administrativa, apenas funções essenciais como: zeladoria e apoio administrativo (secretariado) são remunerados. Esse enxugamento na máquina gera uma boa economia que é revertida em ações estritamente sociais, ou seja, sociabiliza o capital. Ponderando o seu (pequeno) porte, volume de membros (aproximadamente 1.200) e região geográfica, pode-se considerar exemplar seus investimentos na sociedade e a não retenção de capital para favorecimento de alguns.
Obviamente, não há bom que não possa ser melhorado. Esta instituição ainda pode fazer mais, usando algumas de suas estruturas físicas e mão de obra qualificada (ainda que de forma voluntária) e expandir suas ações para a educação, cursos profissionalizantes, creches etc, bem como tirar proveito da região geográfica e grande produtora de Morangos e Goiabas, criar ou incentivar de forma associativa (cooperativa) a produção e beneficiamento destes produtos. Isso também seria uma SOCIABILIZAÇÃO DA ECONOMIA.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

CRONOLOGIA - A BENÇÃO DE JACÓ


A benção de Jacó


1725 AC – (Anno Mundi 2171) – a benção de Jacó
1711 AC – (Anno Mundi 2185) – a partida para Padã-Arã
Provavelmente, motivado pela morte de seu irmão Ismael, Isaque passou a imaginar que também a sua própria morte poderia estar próxima, por isto decidiu que era a hora de dar a sua benção ao filho que o sucederia na herança da promessa de Deus a Abraão. Não se pode afirmar com certeza a data em que Isaque teria dado sua benção a Jacó, pois Gênesis não é claro quanto a isto.
Isaque abençoa Jacó - Gioachino Assereto
O livro de Jasher, em seu capítulo 29 afirma que após receber a benção da primogenitura, Jacó, para fugir à ira de seu irmão buscou refúgio na casa de Eber, pai de Pelegue, onde permaneceu por catorze anos (Jasher 29:20). Com isto, estão de acordo o Talmude Babilônico e a Seder Olam Rabbah. Neste caso, a benção teria sido dada no mesmo ano em que faleceu Ismael, o que em termos cronológicos é bastante possível.
Entre a morte de Ismael e a partida de Jacó para Padã-Arã passaram-se catorze anos e é natural, pela leitura bíblica, que se conclua que a benção de Jacó e sua partida para Padã-Arã sejam eventos consecutivos, tendo, portanto, acontecido no mesmo ano. Sabemos, no entanto, com precisão, a data em que Jacó seguiu para Padã-Arã. Vamos aos cálculos:
Jacó nasceu no Anno Mundi 2108 e faleceu no Anno Mundi 2255 aos 147 anos de idade: (2108 + 147 = 2255).
De acordo com Gênesis, Jacó viveu seus 17 últimos anos de vida no Egito: “Jacó viveu na terra do Egito dezessete anos, de sorte que os dias de Jacó, os anos da sua vida, foram cento e quarenta e sete anos” (Gn 47:28). Temos, portanto, que Jacó encontrou-se com José seu filho, na ocasião, governador do Egito, no Anno Mundi 2238, resultado de (2255-17).
Sabemos que Jacó e seus filhos se mudaram para o Egito no mesmo ano em que José se revelou a seus irmãos e sabemos que quando isto aconteceu, José mencionou que já haviam se passado dois anos e fome e que mais cinco anos ainda restavam, aconselhando desta forma que seus irmãos trouxessem Jacó e o restante da família para estarem seguros no Egito, conforme o relato de Gn 45:6: “Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega”.
Temos, portanto, que o início do período de fome se iniciou no Anno Mundi 2236, e ainda que 7 anos antes disto, no Anno Mundi 2229, iniciou-se o período de 7 anos de fartura. José foi nomeado governador do Egito nesta ocasião, portanto, em 2229 A.M;
De acordo com Gn 41:46, José teria na ocasião, 30 anos de idade. “E José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó, rei do Egito. E saiu José da presença de Faraó e passou por toda a terra do Egito”, de onde se conclui que José nasceu no Anno Mundi 2199, resultado de (2229 – 30).
Quando José nasceu, Jacó relembra seu sogro que já havia trabalhado 14 anos para pagar pelo dote de suas duas esposas e que desejava voltar para sua terra. Na verdade Jacó fica em Parã-Arã mais 6 anos antes de voltar. Todavia, se subtrairmos do ano de nascimento de José os 14 anos mencionados, teremos a data em que Jacó chegou a Padã-Arã, 2185 A.M. (2199 – 14).
Ismael faleceu no Anno Mundi 2171 (1725 AC), mesmo ano em que Isaque viria pouco tempo depois dar a sua benção a Jacó. Segue-se à benção um período de 14 anos de silêncio, de onde se conclui que Jacó esteve submetido a uma espécie de exilo durante este tempo.
Só depois destes 14 anos anos Jacó se põe a caminho de Padâ-Harã, no Anno Mundi 2185 (1711 AC), de onde se conclui que tinha na ocasião 77 anos de idade enquanto seu pai Isaque, 137 anos. Normalmente costumamos pensar que Jacó seria bem mais jovem na ocasião.
1709 AC – (Anno Mundi 2187) – morte de Eber
Conforme Gn 11:17, Eber faleceu aos 464 anos de idade: “E viveu Éber, depois que gerou a Pelegue, quatrocentos e trinta anos, e gerou filhos e filhas”, (1757 + 430).