quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

CRONOLOGIA - NASCIMENTO DE JACÓ E ESAÚ


Os nascimentos de Jacó e Esaú


1788 AC – (Anno Mundi 2018) – nascimentos de Jacó e Esáu
No Anno Mundi 2108, resultado de (2048 + 60), nasceram Esaú e Jacó. Isaque tinha na ocasião 60 anos de idade e Abraão, 160 anos. As três gerações de patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó conviverão ainda 15 anos, até a morte de Abraão.
Nascimento de Jacó e Esau - Benjamin West
Gn 25:24-26 – “E cumprindo-se os seus dias para dar à luz, eis gêmeos no seu ventre. E saiu o primeiro ruivo e todo como um vestido de pêlo; por isso chamaram o seu nome Esaú. E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Jacó. E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou”.
1773 AC – (Anno Mundi 2123) – morte de Abraão
Quinze anos após o nascimento de Jacó faleceu Abraão, aos 175 anos de idade, no Anno Mundi 2123, resultado da soma de seu nascimento com seus anos de vida (1948 + 175).
1770 AC – (Anno Mundi 2126) – morte de Selá
No Anno Mundi 2126 morreu Selá, aos 435 anos de idade, 30 anos depois da morte de seu pai, Arfaxade, o primeiro nascido depois do dilúvio. Conforme Gn 11:15: “Viveu Selá, depois que gerou a Éber, quatrocentos e três anos, e gerou filhos e filhas”. (1723 + 403)
1768 AC – (Anno Mundi 2128) – Esaú vende sua primogenitura
Gênesis não relata a data em que Esaú vendeu sua primogenitura a Jacó, no entanto, é possível supor que Jacó e Esaú estivessem com cerca de 20 anos de idade (2128 A.M.), baseado em Gn 25:27 que nos diz que “cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas”.
Já não eram mais meninos e o conceito de adulto nos obriga a pensar que teriam cerca de vinte anos ou pouco mais, a idade em que segundo o costume dos Israelitas, um homem poderia ir à guerra.
1768 AC a 1748 AC – (2128 A.M. a 2148 A.M.)
Este foi um tempo de peregrinações para Isaque, que andou por Gerar, fugindo da escassez de alimentos naquela época, e depois para Berseba. Foi neste tempo que o rei de Gerar procurou Isaque para fazer com este um pacto de não agressão.
1748 AC – (Anno Mundi 2148) – Esaú se casa
Esaú casou-se aos 40 anos de idade, conforme Gn 26:34, com duas mulheres hetéias: “Ora, sendo Esaú da idade de quarenta anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu”.
Este fato trouxe muitas preocupações para seus pais que não desejavam que seus filhos convivessem com mulheres de religiões pagãs, pois sabia que fatalmente elas desviariam seus filhos da religião de seu pai. Foi no Anno Mundi 2148 (2108 + 40).
1738 AC – (Anno Mundi 2158) – morte de Sem
Sem, filho de Noé, faleceu no Anno Mundi de 2158 aos 600 anos de idade, conforme Gn 11:11: “E viveu Sem, depois que gerou a Arfaxade, quinhentos anos, e gerou filhos e filhas”, resultado de (1658 + 500).
1733 AC – (Anno Mundi 2163) – nascimento de Leia e Raquel
Gênesis não registra as datas de nascimento ou morte de Leia e Raquel. No entanto, Jasher 36:1-11 dá conta de que Raquel morreu aos quarenta e cinco anos de idade, quando Jacó teria cem anos.
Teria morrido, portanto, no Anno Mundi 2.208. Subtraindo-se seus quarenta e cinco anos vividos, temos o Anno Mundi 2163 como ano de seu nascimento. Da mesma forma, Jasher (41:2) afirma que ano cento e seis da vida de Jacó, décimo ano desde sua saída de Padã-Arã, Leia veio a falecer aos 51 anos de idade. Os dois cálculos nos remetem ao Anno Mundi 2163. Eram, portanto, gêmeas, sendo Leia a mais velha.
1725 AC – (Anno Mundi 2171) – morte de Ismael
Ismael faleceu com 137 anos de idade, 48 anos depois da morte de seu pai Abraão. Conforme Gn 25:17: “E estes são os anos da vida de Ismael, cento e trinta e sete anos, e ele expirou e, morrendo, foi congregado ao seu povo” – no Anno Mundi 2171, resultado de (2034 + 137).

CRONOLOGIA - PÓS DILÚVIO


A duração das vidas dos homens depois do dilúvio


1800 AC – (Anno Mundi 2096) – morte de Arfaxade
No Anno Mundi de 2096 morre Arfaxade, filho de Sem, neto de Noé, o primeiro homem nascido depois do dilúvio, com 438 anos de idade. Arfaxade viveu praticamente a metade do tempo dos seus ancestrais pré-diluvianos.
Nota-se, neste período da história, um acentuado decréscimo na expectativa de vida dos homens. Conforme vimos, ao passar pelas datas referentes a Babel, o Talmude atribui a Eber a qualificação de grande profeta de Deus, pois deu a seu filho mais velho o nome de Pelegue, que significa “divisão”, referindo-se ao fato de que nos dias de Pelegue a terra foi dividida (Gn 10:25) e Joctã, ao filho mais novo, que significa “encurtar”, tendo desta forma entendido, quer por revelação divina, quer por observação dos fatos, que os homens já não viviam tanto tempo.
Falemos um pouco sobre Gn 6:3: “Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”.
Entendem alguns, que Gn 6:3 faz referência ao tempo de antecedência em que Deus adverte Noé sobre o dilúvio. Faz sentido. Seria então, o Anno Mundi 1536, vinte anos antes do nascimento de Jafé, filho de Noé, cento e vinte anos antes do dilúvio.
No entanto, não se pode ignorar o fato de que a longevidade das vidas dos homens depois do dilúvio sofreu um acentuado decréscimo, indo se estabilizar nos cento e vinte anos, idade de Moisés ao falecer. Depois dele não se tem notícia na Bíblia de quem tenha ultrapassado esta idade. É, portanto, inegável que Deus tenha alterado nossa genética, ou ainda, as condições atmosféricas depois do dilúvio, de maneira a limitar nosso tempo de vida. Vejamos os gráficos abaixo que se baseiam em levantamento de dados referentes às gerações relatadas na Bíblia de Adão a Moisés.
De fato, a forma como Deus implementou esta alteração vai além da nossa compreensão, pois de alguma forma, a idade dos homens nascidos após o dilúvio foi declinando acentuadamente até o limite estabelecido de cento e vinte anos, e continuou a declinar até os tempos modernos, seguindo a mesma trajetória descendente, se bem que por fatores que comentaremos abaixo.

Embora a narrativa de Gênesis nos induza a pensar que a decisão de Deus tenha ocorrido em data próxima ao dilúvio, é preciso notar que a ordem dos acontecimentos relatados não é cronológica, mas sim, contextualizada.
Ao analisarmos a tabela acima notamos que a idade de Sem ao morrer difere muito da de seus ancestrais, pois viveu 68% da média de tempo de vida de seus predecessores, o que nos força a aceitar que a decisão de Deus de limitar a idade do homem ocorreu antes de seu nascimento. A partir de Sem os homens viverão cada vez menos tempo.
A idade de Arfaxade ao morrer, o primeiro nascido depois do dilúvio, era de 438 anos, 162 a menos que Sem.
Vejamos os dados da geração de Arfaxade: considerando que a idade média dos homens anteriores ao dilúvio era de 881 anos, e que a idade de Sem ao morrer foi de 600 anos, conforme os dados acima extraídos de Gênesis, concluímos que houve um declínio de 29% na expectativa de vida dos homens daquela geração, ou seja, aqueles que nasceram até 100 anos depois do dilúvio tiveram menos da metade de tempo de vida que os primeiros homens. A expectativa média de vida desta segunda geração veio a ser de 424 anos de idade.
Notamos outro decréscimo acentuado, de mais 53%, com relação à geração anterior, na expectativa de vida das gerações seguintes, nascidas entre 100 e pouco menos de 200 anos depois da determinação de Deus: estas gerações tiveram uma expectativa de vida de 225 anos de idade, 47% da anterior, e 26% da expectativa de vida das gerações pré-dilúvio.
As gerações seguintes, nascidas entre aproximadamente 200 a 300 anos após o dilúvio tiveram uma tempo médio de vida de 176 anos, o que representava apenas 20% da expectativa de vida dos primeiros homens, e um declínio de 22% com relação à anterior.
A queda se mostra contínua nas gerações seguintes, nascidas entre aproximadamente 300 a 400 anos após o dilúvio, com um declínio de 16% com relação à geração anterior, representando cerca de apenas 17% do tempo de vida dos homens primitivos.
Segue-se o mesmo nas gerações entre aproximadamente 450 a 700 anos após o dilúvio, que registram um tempo médio de vida de 131 anos de idade, 15% da vida dos homens primitivos e 11% a menos que a geração anterior.
Interessante notar que é apenas no tempo de Moisés, nascido mais de 700 anos após o dilúvio, que o decreto de Deus se cumpre integralmente. Moisés, diga-se como curiosidade, morreu justamente no dia em que completava 120 anos de idade.
Quanto ao homem de nossos dias, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maior expectativa de vida é a dos japoneses, com 77 anos, o que representa menos de 10% da vida dos homens anteriores à determinação de Deus. Em Moçambique a expectativa de vida para homens é de 41 anos.
Nos dias de hoje, com todos os avanços da medicina, sabe-se que se pode viver até cerca de cento e vinte anos e com qualidade de vida.
No entanto, o que se observa, segundo dados da ONU citados em 17 de Junho de 2009 por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Desertificação e a Seca, há uma tendência de diminuição da expectativa média de vida da humanidade, não só em função dos graves transtornos causados em decorrência da escassez de alimentos no futuro breve, mas também pela falta de água tratada para consumo humano, guerras, desajustes climáticos, e um sem número de outros fenômenos adversos, todos eles causados pelo homem. Curiosamente a tendência é a continuidade do declínio em termos de expectativa média de vida.
Gráfico analítico da expectativa de vida dos homens
A curva acentuada de declínio que vemos no gráfico acima, localizada pouco antes do ano -1000 se refere a Enoque, que foi arrebatado por Deus no Anno Mundi 987, quando tinha 365 anos de idade, não tendo desta forma experimentado a morte.